Obesidade é o aumento da gordura corporal, tratada como uma doença crônica que acarreta vários problemas à saúde, e vai aumentando as taxas de co-morbidades relacionadas com o passar do tempo. Podendo ser relacionada à pré-disposição genética, maus hábitos alimentares ou falta de atividades físicas.
O excesso de peso desencadeia doenças cardíacas, hipertensão arterial, diabetes melito tipo ll, dislipidemia, apneia do sono, entre outras patologias associadas que reduzem a qualidade de vida e também causa a baixa autoestima.
Nos dias de hoje, temos um dia-a-dia com muitas atividades, uma sobrecarga de afazeres que nos levam a esquecer do que é ter qualidade de vida. Ao parar e analisar, deixamos de realizar uma caminhada no final da tarde, por estarmos cansados da correria do dia de trabalho que tivemos, ou então, deixamos de ingerir alimentos saudáveis e ingerimos uma refeição calórica, mais rápida, afinal, faltou tempo para preparar um almoço saudável. Assim, como uma causa, vem o sobrepeso.
Existem pessoas que passam por várias tentativas de dietas falhas e inadequadas, trazendo frustrações em sua vida, pois têm muitos lugares para encontrar uma dieta, que vai trazer um falso resultado momentâneo e muitas vezes a deficiência nutricional, pois o organismo precisa manter-se em equilíbrio com uma dieta balanceada. O ideal é o acompanhamento com os profissionais adequados que vão fornecer um cardápio correto, orientações de reeducação alimentar e também recomendar atividades físicas, tudo baseado em suas medidas IMC – ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, sua idade e seu objetivo.
Contudo, temos para uma melhor classificação da obesidade o IMC que entre 30-40 é indicação de obesidade, e variações de níveis entre I, II e III. O IMC é calculado através da divisão do peso com a altura ao quadrado (Peso / Altura²) e através do resultado temos o índice de massa corporal para uma indicação de tratamento. Por outro lado, existem pessoas com IMC dentro do considerado taxa normal (IMC entre 18,5-24,9), sendo que a circunferência abdominal está acima do padrão normal (Homem= <95 cm e Mulher= <80 cm) acarretando riscos aumentados a saúde, assim, também indicadas a um acompanhamento com profissionais qualificados na área.
Segundo, Portal de Saúde do Ministério da Saúde (2013), levantamentos mostram que o excesso de peso e a obesidade têm crescido no Brasil. De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2011 pelo Ministério da Saúde, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. Isto nos mostra índices elevados e uma relevante preocupação com a população de obesos.
Quando o IMC está igual ou acima de 35, indicando obesidade e o indivíduo está com uma ou mais co-morbidades associada tem a indicação para a cirurgia bariátrica, obedecendo sempre os critérios de inclusão.
No momento de procurar por uma cirurgia bariátrica, o paciente deve ter como objetivo principal a busca de uma melhor qualidade de vida e bem estar. Tendo que contribuir com a equipe de escolha, participando das consultas agendadas, realizando atividades físicas que serão orientadas, seguindo a dieta fornecida no período e ciente que terá um tratamento a vida toda, pois a obesidade é uma doença crônica como mencionado acima.
Portanto, para uma escolha correta de cirurgia a ser feita, o ideal é procurar uma equipe de profissionais especializados na área, com reconhecimento e experiência no trabalho para um atendimento, orientações e acompanhamento de qualidade.
Ana Queli F. Borges – COREN/RS: 323.115
Enfermeira do Equilibrium – Centro Terapêutico da Obesidade
Formada pela URI – Campus Santiago
Pós-Graduanda em Didática e Metodologias de Ensino para a Educação Profissional e Ensino Superior.
Fonte: Obesidade 2013 [acesso em 15 abril 2013]. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/9905/162/doencas-ligadas-a-obesidade-custam-r$-488-milhoes.html.