Por vaidade, muitas pessoas que não precisam dessa forma de tratamento ou mesmo por desconhecimento procuram o especialista nessa cirurgia. Elas buscam uma forma mágica para emagrecer. Em virtude disso a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (obesidade) orienta que o procedimento só está indicado para pessoas obesas mórbidas, ou seja, pessoas que estão muitos quilos acima do peso ideal e que por isso sofrem risco de vida. Portanto, pessoas com poucos quilos acima do ideal não tem indicação da cirurgia, pois não é um procedimento mágico. Segundo o critério internacional, adotado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, pela Federação Internacional de Cirurgia Bariátrica e pelo Ministério da Saúde, são candidatos à cirurgia de redução de estômago(gastroplastia) as pessoas com índice de massa corpórea IMC de 40 ou mais, exceção feita para quem tem IMC igual e acima de 35 e sofre de diabetes, pressão alta, colesterol e triglicerídeos alto, apnéia do sono (para de respirar quando dorme), doenças osteoarticulares, artrose etc. A cirurgia para tratar a obesidade é para melhorar a saúde e a qualidade de vida da pessoa. Como toda a cirurgia, para a redução do estômago se torna necessário uma avaliação pré operatória criteriosa e um acompanhamento pós-operatório com equipe multiprofissional. Hoje está na moda o balão intragátrico - uma bola de silicone de volume variável,de 400 700 ml, colocada dentro do estômago por endoscopia. O balão dentro do estômago, dá a sensação de saciedade (fica sem fome), a pessoa come menos, e perde de 10 a 15% de seu peso, em média Trata-se de uso provisório, podendo ficar no estômago por um período de até 6 meses, após esse período deve ser retirado. O objetivo de seu uso é de fazer o paciente mudar de hábitos alimentares, caso isso não ocorra voltará a ganhar peso num período curto de tempo. O seu principal uso é em pessoas muito obesas em que é aconselhável perder um pouco de peso antes de fazer a cirurgia da obesidade, ou em pacientes que não conseguem perder peso com condutas conservadoras tais como orientação nutricional, psicológica, física , medicamentosa e apresentam doenças associadas Obesidade é doença, não problema estético. Após a cirurgia os pacientes devem mudar hábitos, fazer reeducação alimentar e praticar atividade física, tudo isso com orientação de uma equipe multiprofissional assegurando assim o resultado desejado – melhorar a saúde e a qualidade de vida.
Fonte: Élvio de Almeida Pereira