Foi-se o tempo em que uma pessoa adulta ou uma criança gorda era sinônimo de saúde, que uma pessoa magra devia tomar remédios para engordar, que os pintores usavam modelos obesas para pintar e representar um ser saudável e bonito. Não se trata de uma simples alteração estética, mas sim de uma doença, já definida como tal pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, no mundo, aproximadamente 40% das pessoas apresentam alteração de peso (obesidade), enquanto que 18% são desnutridos. Sabe-se que a obesidade, nas suas diversas fases, promove nas pessoas alterações físicas e biológicas, doenças associadas diversas que aumentam a morbidade e em determinadas situações até levam à morte. A DOENÇA DO SÉCULO Este século tem na obesidade a sua doença, que se não entendida dessa forma, será a sua maior causa de morte, pelas complicações que é capaz de desenvolver. Portanto, está na hora de encararmos a obesidade e a enfrentarmos com condutas adequadas desde a infância. Precocemente é que os pais devem estar atentos e aplicar o tratamento adequado. O EQUILÍBRIO COMO SOLUÇÃO Obesidade não é um mito ou uma deformidade corporal. Assim, não é e não poderá ser tratada com propostas milagrosas, temporárias, esporádicas e para temporadas de praia. É necessário mais do que isso: conscientização, reeducação de hábitos, determinação, persistência e paciência na obtenção dos resultados. Atualmente, podemos oferecer ao obeso várias propostas para emagrecimento como a orientação para a reeducação alimentar, que tem por base uma alimentação balanceada de nutrientes, de forma a não parecer um sacrifício ou um sofrimento. Aliados à reeducação alimentar, são fundamentais o atendimento psicológico, o controle da ansiedade e da compulsão alimentar, fatores que desencadeiam ou pioram a depressão, levando a pessoa a comer mais e agravando sua auto-estima. Deve-se fugir do sedentarismo, combater o stress, buscando uma atividade física orientada para o seu estado de obesidade. Eventualmente, há necessidade do uso de alguns medicamentos hoje disponíveis e com indicação precisa, que ajudem a combater a ansiedade e a depressão, proporcionando saciedade. Mas também há casos em que as medidas conservadoras, como reeducação alimentar, psicológica, física e medicamentosa não são suficientes ou não levam à solução da obesidade e suas doenças associadas. Nesses casos, é preciso um tratamento mais efetivo e duradouro. Aqui, o tratamento cirúrgico ou balão intra-gástrico tem sua indicação, hoje com técnicas modernas e efetivas no controle da obesidade. Com esse pensamento, o Equilibrium, Centro Terapêutico da Obesidade, em Cruz Alta, atua com uma equipe multi e interdisciplinar, formada por cirurgiões, anestesistas, cardiologistas, endocrinologista, pediatra, enfermeira, nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta, fonoaudióloga e educador físico. Numa proposta inovadora, atende ao obeso de forma global, desde a infância até a maturidade, auxiliando na busca de seu equilíbrio pessoal.
Fonte: Elvio de Almeida Pereira