As crianças e os alimentos

Até algum tempo atrás a personificação do bebê gordinho nos primeiros anos de vida era sinal de saúde. Hoje em dia sabe-se que as bochechas rosadas e as dobrinhas espalhadas pelo corpo podem fazer a criança se sentir como um “patinho feio”, poucos anos depois. As crianças dificilmente se preocupam com o peso até surgir as primeiras piadinhas, os primeiros apelidos, gerando uma crise de baixa auto-estima, muitas vezes difícil de ser tratado. Por isso é preciso a ajuda dos pais e familiares, já que servem como modelo, delineando as preferências alimentares das crianças. Aqui estão algumas dicas para ajudar os pais e familiares nesta tarefa: 1- Não dizer sempre sim. A criança sem limites abusa das calorias. 2- Evitar lanches fora de hora. O ideal são cinco refeições diárias, de preferência em casa. 3- É errado dar sobremesa como prêmio para que a criança coma toda comida, esta não serve como recompensa. 4- Não ameaçar castigos para quem não come, isso aumenta o repudio das crianças pela comida saudável. 5- Evitar brincadeiras a mesa. A criança deve prestar atenção e saber o que está comendo. 6- Não ceder ao “não gosto disso”. Cada um pode comer o que quiser, mas experimentar não custa nada. 7- Não trocar a comida pela mamadeira. Se a criança conseguir uma vez, vai repetir a estratégia sempre. 8- Não tornar a ida à lanchonetes um programa, isso faz com que a comida de casa ficar sem graça. 9- Cardápios repetitivos enjoam e levam à falta de nutrientes. A comida tem que ser muito variada. 10- Cuidar os exemplos. Não adianta mandar a criança tomar suco se você só beber refrigerante. 11- Manter as conversas fora da mesa. Principalmente se for para esclarecer algum problema. 12- Incentivar a criança a preparar seu próprio lanche ou refeição. Alguma dica de última hora? A criança não deve ser obrigada a fazer uma restrição alimentar, porque deve ser uma prática gostosa, a mãe deve oferecer preparações que a criança mais gosta e que não necessariamente precisam ser calóricas, como os sucos de frutas, iogurte batido com leite, picolé de frutas, suflê de legumes, purê de cenoura ou abóbora, etc. Sempre levar lanche pronto de casa para a escola, independente da idade da criança, como barra de cereais, pão com peito de peru, entre outros, ao invés de salgadinhos, bolachas recheadas, coxinhas e outros alimentos ricos em gordura. Determinar um dia da semana para os excessos como ida ao restaurante "fast food", tomar refrigerante, comer mais de uma sobremesa, sorvete com cremes entre outros. Lanches: evitar, pois esses na maioria das vezes são muito gordurosos e acabam substituindo uma refeição que teria alimentos mais saudáveis; se for substituir, montar um lanche leve e equilibrado. Lembrar que deve apresentar os 3 grupos alimentares: construtores (no caso carnes magras e grelhadas, ou frios como peito de perú e queijo branco), energéticos (o pão) e reguladores (variedades de folhas e vegetais, como por exemplo: alface e tomate). Tudo que passar disso, como os molhos gordurosos, é dispensável e deve ser excluído. Sobremesas: prefira as frutas, oferecendo doces esporadicamente. Refeições: oferecer verduras e vegetais em geral, na forma de saladas e refogados; prefira as carnes magras (inclusive para as sopas), e as preparações mais gordurosas, como os empanados à milanesa, devem ser excluídas, dando-se preferência aos grelhados, assados e cozidos. Prefira levar a criança para almoçar ou jantar em um restaurante, onde pode-se buscar essas opções ao invés de um Fast food, onde fica mais difícil fugir do excesso de gordura. Mamadeira: Evitar o uso excessivo de complementos ao leite, como achocolatados e engrossantes. Esses na maioria das vezes são dispensáveis e acabam caracterizando o excesso de calorias. Se a criança está acostumada, tente ir diminuindo a quantidade adicionada para que ela vá se habituando Refrigerantes: não apresenta bom valor nutricional, mas se a criança tiver acostumado, oferecer o diet com moderação e ir tirando aos poucos; Substituir por sucos.