Os resultados da cirurgia bariátrica comprovam que os pacientes com diabetes podem se beneficiar muito do procedimento cirúrgico. Hoje já não há mais dúvidas de que a técnica pode ajudar a resolver o diabetes tipo 2 em muitos pacientes.
Diante destes resultados hoje a cirurgia bariátrica também passou a ser chamada de cirurgia metabólica, uma vez que atua em alterações metabólicas presentes nestes pacientes obesos.
Recentemente uma nova diretriz foi endossada por 45 associações médicas em todo o mundo, duas delas brasileiras, e publicada na revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabetes, onde diz que a cirurgia bariátrica passa a ser recomendada também para o tratamento de diabete tipo 2 nos casos em que a doença não for controlada com o uso de medicamentos.
De acordo com a nova diretriz, pacientes diabéticos com índice de massa corpórea (IMC) a partir de 30 poderiam ser submetidos à cirurgia de redução do estômago para controlar a doença. A nova recomendação é apoiada pelas Sociedade Brasileira de Diabetes e de Cirurgia Metabólica e Bariátrica.
Benefícios
A cirurgia de redução de estômago não cura o diabetes tipo 2, mas ajuda no controle. Quando uma pessoa faz cirurgia bariátrica, há no estômago uma redução da grelina, hormônio que estimula a fome e a saciedade. Com isso, a fome também diminui.
O estômago, reduzido pela cirurgia, não consegue digerir o alimento, que acaba chegando praticamente intacto e mais rápido ao intestino. A chegada mais rápida promove uma liberação de diversos hormônios, entre eles o GLP1. Esse hormônio age sobre o pâncreas, que, por sua vez, passa a produzir mais insulina.
Com mais insulina, o corpo consegue colocar mais açúcar para dentro das células. Com isso, o açúcar no sangue diminui. Além disso, quando a pessoa emagrece, diminuem também as substâncias inflamatórias que bloqueiam a ação da insulina na célula. Assim, quando a pessoa emagrece, a insulina age melhor.
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